top of page

A arte do erro: Glitch Art

Em uma tradução praticamente literal, podemos considerar o “Glitch” como um erro que ocorre em aparelhos analógicos e digitais, que funcionam com registro de imagens (câmeras fotográficas ou filmadoras).

Esse erro pode acontecer por uma série de fatores, desde um mal funcionamento dos equipamentos ou até mesmo uma obstrução nos canais. Sabe aquela irritação que você sentia quando pegava um VHS ruim? Isso.

Esse "erro" nos videos e nas câmeras analógicas que traziam uma dupla exposição, são referências de um momento de arte muito interessante, a Glitch Art, e agora que os formatos digitais não tem mais essa interferência, essa estética tem encontrado seu momento em diversos setores, incluindo o design de interiores.

Ferrucio Laviani- Mesa Glitch

Se buscarmos a origem desse movimento, vamos voltar em 1935 quando o artista neozelandense Len-Lye criou a sua projeção conhecida como “Colour Box” na qual ele introduziu frames pintados e alterados a mão. Essa aí embaixo mesmo:

Alguns anos depois vemos o coreano Nam June Paik, conhecido por suas instalações artísticas utilizando dezenas de monitores de tv de tubo , apoiando imãs sobre televisões para criar oscilações nas imagens decorrentes das interferências magnéticas geradas pelos imãs.

Vindo para os dias atuais, já encontramos peças do artista Paul Kaptein, que cria uma intersecção entre o mundo do Glitch e a vida real através das suas esculturas realistas e ao mesmo tempo surreais.

Outro exemplo notável e impressionante, são as obras do Faig Ahmed, artista renomado do Azerbaidjão, país que tem como parte da sua história a produção riquíssima de tapetes feitos a mão cheios de detalhes e cores, revisitados pela Glitch Art ( amamos demais esses trabalhos).

O artista rearticula o design original, desmanchando sua estrutura para construir composições que enganam o olho parecendo que estão derretendo ou incompletas, criando assim falhas digitais. IMPRESSIONANTE.

Ainda podemos encontrar no mobiliário e objetos, artistas como Matthew Plummer-Fernandez, Sebastian Brajkovic, Ferrucio Laviani, Phillip Stearns (que desenvolve tecidos maravilhosos) e Paul Kaptein com esculturas irônicas e exorbitantes.

Matthew Plummer-Fernandez

Phillip Stearns

Ferrucio Laviani

Sebastian Brajkovic


Tivemos uma interferência e precisamos interromper o sinal. Até a próxima.

Posts Em Destaque
Posts Recentes
Arquivo
Procurar por tags
Nenhum tag.
Siga
  • Facebook Basic Square
  • Twitter Basic Square
  • Google+ Basic Square
bottom of page